domingo, 1 de fevereiro de 2015

A queda do Império Romano

As Crises que determinaram o Fim do Império Romano do Ocidente

Fatores da Crise Econômica:
·        A gigantesca extensão territorial exigia um número imenso de funcionários.
·        Em compensação, o fim das expansões diminui a entrada de riquezas.
·        O alto custo de manutenção, criava a necessidade do aumento dos impostos provinciais, o que causou inúmeras revoltas.
·        Diminuição do número de escravos.
A retração das guerras de conquista desde o início do Império fez com que o número de escravos diminuísse e afetando a produção. No entanto essa diminuição foi lenta e, à princípio, não trouxe graves problemas, pois a exploração das províncias aumentava, reforçando as finanças do Estado.No século III a crise econômica atingiu seu ápice, as moedas perderam valor e os salários e os preços elevaram-se, provocando o aumento da população marginalizada e maior exploração da mão-de-obra escrava, responsáveis por revoltas sociais, exigindo a constante intervenção militar.
Fatores da Crise Política:
·        Crise econômica.
·        Os imperadores governavam com ajuda dos principais generais.
·        Entre 235-284 disputa pelo poder entre os generais; vários imperadores assassinados.
·        O crescimento do Cristianismo.
·        A Tetrarquia de Diocleciano.


Entre os séculos I e III, séculos em que o Cristianismo ganhou cada vez mais adeptos, o Império começou a sentir os sinais da crise: diminuiu o número de escravos, ocorreram rebeliões nas províncias, a anarquia militar e as invasões bárbaras.Quando se fala em "sinais da crise”, na verdade se fala de um período perturbado, no qual o Império chegoua estar muito perto da queda. Por volta de 285, o imperador Diocleciano salvou o Império Romano do colapso,dando a ele um último fôlego. Tudoisso já ocorria numa época em que os cristãos eram somente uma minoria marginalizada.
O exército, instituição vital para a manter da ordem social enfrentou, contraditoriamente, uma gravíssima crise interna, a "Anarquia Militar".A disputa entre generais por maior influência política, principalmente entre os anos de 235 e 268, refletia a própria desorganização sócio-econômica do Império, que tendeu a agravar-se com o início das migrações bárbaras.
O Imperador Diocleciano dividiu o Império em duas e depois em quatro partes, originando a Tetrarquia, numa tentativa de fortalecer a organização política sobre as várias províncias que compunham o império e aumentar o controle sobre os exércitos, porém na prática essa divisão serviu para demonstrar e acentuar a regionalização que já vinha ocorrendo.
Durante o governo de Diocleciano e Constantino, várias medidas foram adotadas na tentativa de conter a crise, como a criação de impostos pagos em produtos, congelamento de preços e salários, e a fixação do camponês à terra, iniciando a formação do colonato e que na prática, contribuíram para o desabastecimento e para um processo de maior ruralização.

A Divisão do Império

·        Constantino e a fundação da Nova Capital em Bizâncio.
·        Teodósio (395) divide o Império entre seus dois filhos.
·        As Invasões Bárbaras e o fim do Império Romano do Ocidente (476).
O imperador Constantino foi ainda o responsável por a conciliação entre o Império e o cristianismo, a partir do Edito de Milão (313), que garantia a liberdade religiosa aos cristãos, que até então haviam sofrido intensa perseguição e que naquele momento representavam uma possibilidade de justificativa ao poder centralizado.
O Edito de Milão ainda serviria para frear a revolta dos pobres e escravos, já que a doutrina cristã reforça a esperança de uma vida digna no Reino de Deus. A nova religião ganhou força maior durante o governo de Teodósio, quando, através do Edito de Tessalônica, o Cristianismo foi considerado como religião oficial do Império.
A política imperial baseava-se na utilização da Igreja como aliada, na medida em que esta era uma instituição hierarquizada e centralizada e que nesse sentido, contribuiria para justificar a centralização do poder.
As migrações bárbaras foram outro fator que contribuiu para agravar a crise do Império, processo complexo que envolveu povos e circunstâncias diferentes. Alguns povos fixaram-se em terras do Império e tornaram-se aliados, com a tarefa de defender as fronteiras. Eles acabaram, em parte, incorporados ao exército; outros ultrapassaram as fronteiras romanas derrotando as legiões e saquearam as cidades.
A divisão do Império em duas partes no final do século IV:O Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla ainda conseguiu manter uma atividade comercial com outras regiões do Oriente;O Império Romano do Ocidente, com capital em Milão sofreu o aprofundamento constante da crise até à derrota total.
O desenvolvimento das Villa e estimulava uma economia cada vez mais autossuficiente. Esse fenômeno era particularmente forte na parte ocidental do Império, onde a presença bárbara foi muito maior e onde a decadência do comércio foi mais acentuada.
 Podemos perceber que nesse período de agonia final do Império Romano do Ocidente, características que irão sobreviver e que estarão presentes na Idade Média, fazendo parte da estrutura feudal, como o trabalho do colono e a organização das Villa e, que servirão de modelo para o trabalho servil e para a organização do Feudo; assim como o Cristianismo.


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