segunda-feira, 29 de abril de 2013

Absolutismo e revoluções inglesas - Atividade


Atividade complementar - Absolutismo e revoluções inglesas


1º) Com relação aos aspectos gerais da Revolução Inglesa é correto afirmar que:

a) (   ) foi uma revolução realizada pelos monarcas absolutistas e pela alta nobreza.

b) (   ) foi a primeira revolução feita pela burguesia na história da Europa.

c) (   ) o monarca e os nobres pretendiam acabar com a política econômica mercantilista, que restringia a atividade comercial.

d) (   ) a burguesia desejava maior liberdade para ampliar seus negócios.

e) (   ) uma parte da nobreza também participou da revolução, pois estava interessada em implantar mudanças na forma de produção do campo.

f)  (   ) o movimento revolucionário contou com a participação popular, isto é, artesãos e camponeses, que muito se beneficiaram com a vitória da revolução.

2º) Com relação à Revolução Puritana, marque certo ou errado:

a) O Parlamento assumiu a condução da política religiosa e tributária em troca do apoio dado a Carlos I.

(   ) certo                 (   ) errado

b) Carlos I aceitou pacificamente todas as condições impostas pelo Parlamento.

(   ) certo                 (   ) errado

c) Em 1642, teve início a Guerra Civil: de um lado, o exército de Carlos I, de outro, o exército parlamentar, liderado por Cromwell.

(   ) certo                 (   ) errado

d) A oposição conseguiu vencer Carlos I e depois manteve-se unida nas propostas da nova forma de governo para a Inglaterra.

(   ) certo                 (   ) errado

e) Uma das medidas tomadas por Cromwell durante a República Puritana foi a promulgação dos Atos de Navegação.

(   ) certo                 (   ) errado

3º) Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

a) (    ) O sucessor de Cromwell, seu filho Richard, foi deposto, sendo então, restaurada a monarquia.

b) (     ) Carlos II e, posteriormente, Jaime II tinham posições absolutistas e contrárias à autonomia política do Parlamento.

c) (     ) Os parlamentares burgueses apoiaram totalmente esses monarcas.

d) (     ) Em 1688 ocorreu a Revolução Gloriosa, que conduziu ao poder a filha de Jaime II, Maria, e seu marido, Guilherme de Orange.

e) (     ) Maria e Guilherme de Orange aceitaram a Declaração de Direitos, que subordinava o Parlamento ao comando dos monarcas.

f)  (     ) Autonomia política do Parlamento, progresso econômico, fim do absolutismo e iniciado liberalismo econômico são algumas das consequências da Revolução Gloriosa.

4º) Associe cada termo à sua correta definição.

1. Magna Carta
2. Cercamentos
3. Ato de supremacia
4. Parlamento

(      ) Na Inglaterra, esta instituição foi criada no século XII, com a tarefa de aprovar leis, taxas, impostos e outras medidas propostas.

(      ) Processo de expulsão dos camponeses das terras comunais, que se transformaram em propriedades capitalistas destinadas à criação de ovelhas, que abasteciam com lã as manufaturas inglesas.

(      ) Documento que, entre outras atribuições, limitava o poder dos reis na Inglaterra ao sujeitar a vontade dos soberanos à autoridade das leis.

(       ) Lei que formalizou a criação da Igreja Anglicana, declarou Henrique VIII chefe supremo da nova instituição e garantiu o confisco dos bens da Igreja Católica na Inglaterra.

5º ) Sobre os resultados da Revolução Gloriosa, assinale a afirmativa correta.

a) A burguesia derrotou a nobreza decadente e assumiu o poder.

b) instaurou-se um governo exercido de fato pelo Parlamento, que representava os interesses da burguesia e da nobreza.

c) Com a queda da dinastia Stuart, estabeleceu-se um regime absolutista, comandado pela rainha  Elizabeth I.

d) O funcionamento das atividades econômicas entrou em declínio, pois o novo governo elevou os impostos e retirou os incentivos a atividade comercial.

6º) A Revolução Inglesa, de 1689, foi:

a) (   ) de caráter estritamente religioso;

b) (   ) puritana e favorável a um regime republicano;

c) (   ) conservadora e pretendia um retrocesso político.

d) (   ) a favor dos monopólios e outros privilégios mercantis;

e) (   ) liberal, burguesa e parlamentar.

7º) "Três razões fazem ver que este governo é o melhor. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio... A segunda razão é que esse governo é o que interessa mais a conservação do Estado... A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais..."

ANDERSON, Perry. Linhagens do estado absolutista. São Paulo, Brasiliense, 1985. p. 18.
Segundo Perry Anderson, um dos maiores estudiosos do absolutismo Ocidental, este era apenas um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional...Visando a dominação ideológica, foram criadas inúmeras teorias, cujo objetivo era justificar o poder centralizado dos reis, na formação dos Estados Modernos.

Correlacionando os principais teóricos do Absolutismo às suas idéias,

1) Thomas Hobbes e H. Grotius

2) Nicolau Maquiavel

3) Jean Bodin e Jacques Bossuet

(      ) "o Príncipe não deve se importar com se expor à infâmia dos vícios, sem os quais seria difícil salvar o poder.

(      ) "o trono real não é o trono de um homem, mas do próprio Deus...".

(      ) um governo deve ser forte, para que a paz e a ordem sejam mantidas, evitando assim que o homem se torne "Lobo do Próprio Homem".

A opção correta é:..".

a) 1, 2, 3.
b) 3, 2, 1.
c) 2, 3, 1.
d) 1, 3, 2.
e) 3, 1, 2.

8º) O Ato de Supremacia, promulgado por Henrique VIII, na Inglaterra, contribuiu para:

a) divulgar intensamente a doutrina calvinista no país, sobretudo na região da Escócia.

b) iniciar a expansão externa, formando, assim, as bases do império colonial inglês.

c) promover a reforma anglicana, ao mesmo tempo que contribuiu para a centralização do governo.

d) implantar o catolicismo no reino, o que foi acompanhado de repressão aos reformistas.

e) restaurar os antigos direitos feudais, que foram limitados pela Magna Carta de 1215.

9º)  Assim como Luis XIV ficou conhecido com o mais importante dos reis entre os reis absolutistas da França, o reinado de Elisabeth I marcou o auge do absolutismo na Inglaterra. Abaixo vemos uma lista do que ocorreu de mais significativo no período de 1558 a 1603 no governo de Elisabeth.

a) O comércio e a indústria naval sofreram uma drástica queda levando a falências muitos burgueses.

b) A Igreja anglicana foi consolidada.

c) O conflito entre católicos e protestantes foi neutralizado.

d) A Inglaterra estabeleceu-se como potência no comércio marítimo, principalmente depois da vitória sobre a invencível armada espanhola.

e) A cultura foi valorizada, em especial quanto ao teatro e à literatura, com destaque para a obra do dramaturgo William Shakespeare.

Absolutismo e as Revoluções inglesas









O Absolutismo e o Mercantilismo - História - Vestibulando Digital









                          As Revoluções Burguesas - História - Vestibulando Digital







Absolutismo na Inglaterra - Resumo


O Absolutismo Monárquico



O absolutismo pode ser definido como o poder ilimitado dos reis. Esse tipo de governo fez parte de um período de transição entre o feudalismo e o capitalismo industrial. De forma clara Absolutismo significa em geral a grande concentração do poder politico nas mãos dos reis, numa época de expansão das atividades comerciais e de enriquecimento da burguesia. Por isso, o Estado absolutista deve ser entendido como parte das mudanças que marcaram a Europa na transição do feudalismo para o capitalismo.

Teóricos do Absolutismo

O Absolutismo tinha que ser justificado pela razão e pela fé para que as pessoas aceitassem um tipo de estado tão autoritário. A base teórica de apoio ao poder absoluto dos reis foi desenvolvida por importantes escritores, entre os quais:



Thomas Hobbes (1588-1679)

Filósofo inglês, Hobbes defendia a ideia de que a natureza humana era, desde sempre, má e egoísta. Para ele só um estado forte era capaz de limitar a liberdade individual, impedindo a “guerra de todos contra todos”, como afirmou em sua obra, o Leviatã. Desse modo, demostrava ser necessário um Estado centralizado e poderoso, dirigido pelo rei.



Jacques Bossuet (1627-1704)

Bispo e teólogo francês, Bossuet foi um dos mais importantes intelectuais da corte de Luís XIV, o mais absolutista dos reis da França. Em seu livro: Politica tirada da sagrada Escritura, desenvolveu a Doutrina do direito divino dos reis, segundo a qual o poder do soberano expressa a vontade de Deus. Sendo sagrado o poder monárquico, qualquer rebelião contra ele é criminosa. Para Bossuet, a autoridade do rei é de origem divina e, portanto incontestável, absoluta, ilimitada.


O Absolutismo inglês

Na Inglaterra, a dinastia Tudor inaugurou o absolutismo. Com os reis dessa família, a Inglaterra transformou-se numa grande potencial comercial e marítima.




A formação do Absolutismo inglês

Na Inglaterra, durante o século XIII, os nobres obrigaram o rei a assinar um documento chamado: Magna Carta, que limitava os poderes da coroa. No mesmo século instituiu-se o Parlamento formado por membros do clero, da nobreza e da burguesia, que se tornou um poderoso obstáculo ao poder do rei.



O fortalecimento do poder monárquico só ocorreu após a Guerra das Duas Rosas (1455-1485), um intenso conflito entre famílias nobres rivais pela posse da coroa. A guerra devastou o reino, enfraqueceu a nobreza e despertou nos habitantes o anseio por um governo forte, que acabasse coma s agitações e a insegurança, Quando o combate terminou , subiu ao trono Henrique VIII, fundador da dinastia Tudor e do Absolutismo inglês.

Na dinastia Tudor, o comércio e as manufaturas cresceram, aumentando assim o número de burgueses na sociedade inglesa, que era uma sociedade que não cedia espaço para os burgueses crescerem.

Henrique VIII


Os burgueses em geral eram seguidores da religião calvinista (puritanos e presbiterianos) e não tinham acesso aos privilégios dados aos seguidores da religião anglicana (religião criada pelo rei Absolutista Henrique VIII). O problema é que o governo estava sendo pressionado de um lado pelos burgueses, que queriam um governo menos autoritário e que entrevisse menos na economia e de outro lado havia camponeses sem trabalho (pois foram demitidos do trabalho no campo) promovendo agitações e revoltas nas cidades.
O Governo da Rainha Elizabeth I

Elizabeth I


Com Elizabeth I, o absolutismo inglês chegou ao auge. Seguindo os passos do pai (Henrique VIII), ela fez tudo para fortalecer a autoridade real. Controlou a disputa politica e religiosa entre católicos e protestantes, estabeleceu boas relações com o parlamento e conseguiu fazer da Inglaterra Anglicana uma igreja nacional, o que reforçou a unidade do país.
A morte de Elizabeth I encerrou a dinastia Tudor. Sem herdeiros diretos, o trono foi assumido por seu primo, um membro da família Stuart.



A revolução Puritana

Mesmo após o fim da dinastia Tudor (Henrique VIII) a dinastia Stuart procurou ser mais dominadora sobre a política e a economia. O rei criou leis que cobravam pesados impostos e obrigavam o povo presbiteriano que adotassem o modelo de funcionamento da Igreja Anglicana.

A Dinastia Stuart teve inicio apos a morte de Elizabeth I, sucedendo - lhe o seu primo Jaime VI, rei da Escócia passando, apos a tomada de poder, a ter o titulo de Jaime I. O seu governo representou uma fase controversa para a sociedade onde a burguesia, devido ao seu elevado poder econômico, passou a exigir a mesma igualdade que a nobreza. Por sua vez, no governo do seu filho Carlos I, a situação social também não era a mais favorável, dado que o povo, miserável, se revoltava contra o rei. Seguiram- se Carlos II e Jaime II, alguns destes reis eram católicos o que fazia com que , apesar de se viver num regime parlamentar, quisessem regressar aos ideais absolutistas



Em 1642, o rei invadiu o parlamento, dando início assim à uma guerra civil na Inglaterra que separou a nação entre os apoiadores do rei (compostos pela maioria dos nobres, católicos e anglicanos ligados ao rei) e o lado do parlamento, que era contra o rei (composto de pequenos proprietários de terras, mercadores, donos de manufaturas, sendo a maior parte puritano ou presbiterianos).


Oliver Cromwell


Essa guerra civil durou sete anos, sendo que no final, Oliver Cromwell que foi o puritano que comandou a revolução, tornou-se um ditador que não quis respeitar nem ao parlamento, perdendo o apoio até dos seus seguidores quando morreu. Esse período foi conhecido como Revolução Puritana.



A revolução Gloriosa

Guilherme de Orange.


Em 1660, a dinastia Stuart voltou ao poder, mas não durou muito pois o rei queria aumentar o poder da religião católica o que despertou a ira de puritanos e presbiterianos. Novamente, o parlamento, em 1688 depõe o rei e coloca em seu lugar um holandês protestante conhecido como Guilherme de Orange. Esse fato foi a instauração da burguesia no poder e ficou conhecido como Revolução Gloriosa.




Atividade sobre as Cruzadas



Atividade  sobre as Cruzadas 

1. Qual das alternativas abaixo define melhor o que foram as Cruzadas Medievais?

A - Foram organizações comerciais com objetivo de expandir o comércio entre Ocidente e Oriente na Idade Média.

B - Foram expedições militares europeias, organizada pelos cristãos, que tinha como objetivo principal a conquista de todo continente asiático e africano.

C - Foram organizações de caráter cultural e artístico que tinha como objetivo promover a cultura ocidental cristã na região do Oriente Médio.

D - Foram expedições militares ocidentais (europeias) de inspiração cristã enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém, que havia sido tomada pelos muçulmanos no século XI.


2. Qual das alternativas abaixo faz referência ao período inicial das Cruzadas?

A - Em 1095, o papa Urbano II, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela libertação da Terra Santa.

B - O rei da França Luis IX organizou uma Cruzada em 1270 para converter o emir da região norte da África.

C - No século XIII, as cruzadas estimularam o comércio, fato que colaborou para a crise do feudalismo na Europa.

D - No século XI, o papa Urbano II conseguiu estabelecer um tratado de paz com os muçulmanos e conseguiu, sem conflitos militares, reconquistar Jerusalém.

3. Qual das alternativas abaixo aponta uma das principais consequências econômicas das Cruzadas?

A - O fortalecimento do modo de produção feudal.

B - O renascimento comercial na Europa.

C - A crise do capitalismo em toda a Europa.

D - O início e processo de industrialização na Europa.


4. Qual a principal consequência das Cruzadas do ponto de visa religioso?

A - A paz religiosa entre todas as religiões da Europa, Ásia e África durante toda Idade Média.

B - A conversão de grande parte da população europeia ao islamismo.

C - O aumento das tensões entre cristãos e muçulmanos na Baixa Idade Média.

D - O surgimento de novas religiões cristãs, entre elas as protestantes.


5. Do ponto de vista cultural, as Cruzadas favoreceram a:

A - Criação de obras de arte que valorizavam a cultura islâmica na Europa.

B - Valorização das artes plásticas cujos artistas passaram a criticar a Igreja Católica através de suas pinturas e esculturas.

C - Criação de escolas de artes na Europa, administradas por professores de origem árabe.

D - Literatura conhecida como contos de cavalaria, que relatava os feitos heroicos e conflitos militares entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas.

As Cruzadas, a meia-lua e a cruz.




As Cruzadas, a meia-lua e a cruz, foi uma série exibida no The History Channel. São 4 episódios de 45 minutos, totalizando mais de180 minutos de pura história. A estrutura da série é dividida em: Episódio 01: A Primeira Cruzada: dividido em duas partes e Episódio 02: A Segunda e Terceira Cruzadas, também dividida em 2 partes, totilizando 4 documentários.

Durante milênios, o solo do sagrado do oriente médio foi banhado de sangue. Nesta terra, as cicatriizes deixadas pelas batalhas entre as 3 maiores religiões do mundo mancharam o solo. Mas a maior ferida foi a infrigida pela guerra entre cristãos e muçulmanos que nasceu no final do século XI e durou 200 anos. Estava em jogo uma estreita faixa de terra de poucas centenas de quilômetros, que continha um bem de valor incalculável, Jerusalém. Hoje essa guerra santa é contada como uma lenda. Mas a quem tenha visto as batalhas com os próprios olhos. Grandes historiadores de 2 mundos diferentes, cristão e muçulmano, relataram feitos heróicos, disputas ferrozes e grandes guerreiros, homens, que sacrificaram a vida em nome de seus deuses. Este é o conflito entre dois povos de fé inabalável, o choque entre a meia-lua e a cruz. Estas são as cruzadas.

As Cruzadas



 As Cruzadas ( Resumo)



Em espanhol, cruzada significa “marcada com cruz” e foi o nome que se deu às guerras que tiveram a participação dos “cristãos” da Europa ocidental a pedido e com as bênçãos  do papado em nome de Cristo. A guerra contra os considerados inimigos de Cristo duraram de 1095 até meados do século XV. Na época, os árabes tinham o domínio de Jerusalém, a Terra Santa, e permitiam peregrinações cristãs. Com a tomada de Jerusalém pelos povos da Ásia Central convertidos ao islamismo, não mais se permitiu cristãos na cidade.

A Igreja Católica



No início do Cristianismo, os fiéis eram  soldados de Cristo, adeptos a não-violência, graças aos ensinamentos de Jesus. No entanto, a formação eclesiástica cada vez mais rigorosa da Igreja Católica Apostólica Romana  – iniciada pelo imperador Constantino – e a ideia do Estado Católico modificaram esse quadro: para defender Estado e fé, a igreja começou a disseminar a ideia de que ir à guerra em nome de Deus era justo e necessário. Dos novos guerreiros de Cristo, aqueles que recusavam o serviço militar eram excomungados.

Causas das Cruzadas

As causas das Cruzadas foram as seguintes:


  •  O fervor religioso da Idade Média, pois se acreditava no poder miraculoso das ossadas dos santos, das suas vestes, dos seus objetos. Temiam o diabo e os bruxos. Todos os anos, milhares de peregrinos visitavam Jerusalém em busca de cura para as doenças ou perdão para os pecados. Os papas incentivavam a peregrinação, concedendo indulgências ou privilégios aos participantes.
  •     A necessidade de conter a expansão dos turcos que ameaçavam os cristãos europeus.
  •     O desejo dos cristãos de obter, diretamente nos países de origem, as especiarias, sedas, marfim e outros produtos muito procurados na Europa.
  •     O interesse das cidades marítimas do Mediterrâneo em assegurar os pontos estratégicos para o comércio.
  •     O caráter belicoso e turbulento dos nobres medievais que se tornavam desordeiros e ávidos de combater heróicos.
  •     A tomada de Jerusalém pelos turcos seldjúcidas que humilhavam os peregrinos na Terra Santa. Essa foi a causa imediata das Cruzadas.


Cruzadas – o início



Cruzados deu-se com o Papa Urbano II, a decisão de convocar cristãos para a guerra com o fim de retomar Jerusalém e impedir a expansão islâmica. Todos os guerreiros de Cristo ganhariam o perdão pelos seus pecados e lutariam, embebidos na filosofia de Santo Agostinho, por fins puros e pela busca da justiça. O militar seria um agente do bem ao lutar para recuperar terras e bens expropriados. Entretanto, não era a Igreja a única interessada: mercantilistas também desejavam ampliar negócios para o Oriente.

Expedições

A primeira expedição, entre 1096 e 1099 , não teve acompanhamento de reis: apenas cavaleiros da nobreza tomaram a Cidade Santa. A segunda, de 1147 a 1149, não teve sucesso graças a uma discórdia entre os líderes Luís VII, da França e Conrado III, do Sacro Império. Em 1189, Jerusalém novamente passou para o controle muçulmano, com o Sultão Saladino.

A terceira cruzada, de 1189 a 1192, denominada a “Cruzada dos Reis”, teve como participantes o rei inglês, Ricardo Coração de Leão, o da França, Filipe Augusto e Frederico Barbarruiva, do Sacro Império. Por um acordo de paz entre Saladino e Ricardo, os cristãos puderam novamente peregrinar em Jerusalém.


A quarta, de 1202 a 1204, foi patrocinada pelos venezianos, por interesses comerciais. A quinta delas, entre 1217 e 1221, fracassou, quando as tropas  ficaram isoladas nas enchentes do Rio Nilo. A sexta, de 1228 a 1229, ficou marcada pela reconquista de Jerusalém, Belém e Nazaré. A sétima, de 1148 a 1250, sob o comando de Luís IX, da França, tinha por fim, retomar Jerusalém, que de novo, era dominada pelos turcos. A última, em 1270, teve fracasso absoluto, pois não conseguiu se fixar entre a população local.

A guerra santa terminou no fim do século 13 com a expulsão dos últimos guerreiros de Cristo pelos islâmicos que começaram a lutar a sua “guerra santa”, de acordo com os ensinamentos de Maomé.


Consequências 

Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos.

Não podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas duas religiões continuou.

Já no aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heróicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema principal estes conflitos.