O Absolutismo Monárquico
O absolutismo pode ser definido
como o poder ilimitado dos reis. Esse tipo de governo fez parte de um período
de transição entre o feudalismo e o capitalismo industrial. De forma clara
Absolutismo significa em geral a grande concentração do poder politico nas mãos
dos reis, numa época de expansão das atividades comerciais e de enriquecimento
da burguesia. Por isso, o Estado absolutista deve ser entendido como parte das
mudanças que marcaram a Europa na transição do feudalismo para o capitalismo.
Teóricos do Absolutismo
O Absolutismo tinha que ser
justificado pela razão e pela fé para que as pessoas aceitassem um tipo de
estado tão autoritário. A base teórica de apoio ao poder absoluto dos reis foi
desenvolvida por importantes escritores, entre os quais:
Thomas Hobbes (1588-1679)
Filósofo inglês, Hobbes defendia a
ideia de que a natureza humana era, desde sempre, má e egoísta. Para ele só um
estado forte era capaz de limitar a liberdade individual, impedindo a “guerra
de todos contra todos”, como afirmou em sua obra, o Leviatã. Desse modo,
demostrava ser necessário um Estado centralizado e poderoso, dirigido pelo rei.
Jacques Bossuet (1627-1704)
Bispo e teólogo francês, Bossuet
foi um dos mais importantes intelectuais da corte de Luís XIV, o mais
absolutista dos reis da França. Em seu livro: Politica tirada da sagrada
Escritura, desenvolveu a Doutrina do direito divino dos reis, segundo a qual o
poder do soberano expressa a vontade de Deus. Sendo sagrado o poder monárquico,
qualquer rebelião contra ele é criminosa. Para Bossuet, a autoridade do rei é
de origem divina e, portanto incontestável, absoluta, ilimitada.
O Absolutismo inglês
Na Inglaterra, a dinastia Tudor inaugurou o absolutismo.
Com os reis dessa família, a Inglaterra transformou-se numa grande potencial
comercial e marítima.
A formação do Absolutismo inglês
Na Inglaterra, durante o século
XIII, os nobres obrigaram o rei a assinar um documento chamado: Magna Carta,
que limitava os poderes da coroa. No mesmo século instituiu-se o Parlamento
formado por membros do clero, da nobreza e da burguesia, que se tornou um
poderoso obstáculo ao poder do rei.
O fortalecimento do poder
monárquico só ocorreu após a Guerra das
Duas Rosas (1455-1485), um intenso conflito entre famílias nobres rivais
pela posse da coroa. A guerra devastou o reino, enfraqueceu a nobreza e
despertou nos habitantes o anseio por um governo forte, que acabasse coma s
agitações e a insegurança, Quando o combate terminou , subiu ao trono Henrique
VIII, fundador da dinastia Tudor e do Absolutismo inglês.
Na dinastia Tudor, o comércio e as
manufaturas cresceram, aumentando assim o número de burgueses na sociedade
inglesa, que era uma sociedade que não cedia espaço para os burgueses
crescerem.
Os burgueses em geral eram
seguidores da religião calvinista (puritanos e presbiterianos) e não tinham
acesso aos privilégios dados aos seguidores da religião anglicana (religião
criada pelo rei Absolutista Henrique
VIII). O problema é que o governo estava sendo pressionado de um lado pelos
burgueses, que queriam um governo menos autoritário e que entrevisse menos na
economia e de outro lado havia camponeses sem trabalho (pois foram demitidos do
trabalho no campo) promovendo agitações e revoltas nas cidades.
O Governo da Rainha Elizabeth I
Com Elizabeth I, o absolutismo inglês chegou ao auge. Seguindo os
passos do pai (Henrique VIII), ela fez tudo para fortalecer a autoridade real.
Controlou a disputa politica e religiosa entre católicos e protestantes,
estabeleceu boas relações com o parlamento e conseguiu fazer da Inglaterra
Anglicana uma igreja nacional, o que reforçou a unidade do país.
A morte de Elizabeth I encerrou a
dinastia Tudor. Sem herdeiros diretos, o trono foi assumido por seu primo, um
membro da família Stuart.
A revolução Puritana
Mesmo após o fim da dinastia Tudor
(Henrique VIII) a dinastia Stuart procurou ser mais dominadora sobre a política
e a economia. O rei criou leis que cobravam pesados impostos e obrigavam o povo
presbiteriano que adotassem o modelo de funcionamento da Igreja Anglicana.
A Dinastia Stuart teve inicio apos
a morte de Elizabeth I, sucedendo - lhe o seu primo Jaime VI, rei da Escócia
passando, apos a tomada de poder, a ter o titulo de Jaime I. O seu governo representou uma fase controversa para a
sociedade onde a burguesia, devido ao seu elevado poder econômico, passou a
exigir a mesma igualdade que a nobreza. Por sua vez, no governo do seu filho Carlos I, a situação social também não
era a mais favorável, dado que o povo, miserável, se revoltava contra o rei. Seguiram-
se Carlos II e Jaime II, alguns
destes reis eram católicos o que fazia com que , apesar de se viver num regime
parlamentar, quisessem regressar aos ideais absolutistas
Em 1642, o rei invadiu o
parlamento, dando início assim à uma guerra civil na Inglaterra que separou a
nação entre os apoiadores do rei (compostos pela maioria dos nobres, católicos
e anglicanos ligados ao rei) e o lado do parlamento, que era contra o rei
(composto de pequenos proprietários de terras, mercadores, donos de
manufaturas, sendo a maior parte puritano ou presbiterianos).
Oliver Cromwell
Essa guerra civil durou sete anos,
sendo que no final, Oliver Cromwell
que foi o puritano que comandou a revolução, tornou-se um ditador que não quis
respeitar nem ao parlamento, perdendo o apoio até dos seus seguidores quando
morreu. Esse período foi conhecido como Revolução Puritana.
A revolução Gloriosa
Guilherme de Orange.
Em 1660, a dinastia Stuart voltou
ao poder, mas não durou muito pois o rei queria aumentar o poder da religião
católica o que despertou a ira de puritanos e presbiterianos. Novamente, o
parlamento, em 1688 depõe o rei e coloca em seu lugar um holandês protestante
conhecido como Guilherme de Orange.
Esse fato foi a instauração da burguesia no poder e ficou conhecido como
Revolução Gloriosa.
Gostei muito interessante....
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