Os
Bandeirantes (Resumo)
- Os bandeirantes eram homens,
principalmente paulistas, que entre os séculos XVI e XVII atuaram na captura de
escravos fugitivos, aprisionamento de indígenas e outras tarefas relacionadas.
Atuaram também na procura de pedras e metais preciosos pelo interior do
Brasil.
- Andavam sempre armados e
usavam a violência na captura de índios e escravos fugitivos.
- Os bandeirantes foram
responsáveis pelo desbravamento do território brasileiro. Expandiram o
território brasileiro para além das fronteiras determinadas pelo Tratado de
Tordesilhas.
- Tinham geralmente como ponto
de partida as cidades de São Vicente (litoral paulista) e São Paulo. Caminhavam
seguindo o curso dos rios como, por exemplo, o rio Tietê.
- As expedições de
bandeirantes organizadas por particulares eram conhecidas como Bandeiras. As
organizadas pelo governo eram conhecidas como Entradas.
-
Principais bandeirantes:
- Fernão Dias Pais
- Manuel Borba Gato
- Bartolomeu Bueno da Veiga
(Anhanguera)
- Domingo Jorge Velho
- Antônio Raposo Tavares
- Nicolau Barreto
- Manuel Preto
- Jerônimo Leitão
- Francisco Bueno
Entradas
Diferente das Bandeiras, as Entradas foram expedições apoiadas pelo governo de Portugal com a finalidade de
expandir o território brasileiro.
Devido a crise do açúcar no século XVII, as expedições para o interior do Brasil aumentaram
com o objetivo de encontrarem riquezas que pudessem suprir os problemas
econômicos enfrentados. Essas entradas eram comuns, mas não representaram
grande parte das expedições pelo sertão brasileiro, realizados pelas bandeiras.
Existiam também outro intuito para a realização destas viagens: os
administradores da coroa buscavam por índios que seriam escravizados.
Foram as entradas os primeiros responsáveis pelo
extermínio em massa das tribos indígenas no Brasil. Os jesuítas e as missões que tanto se
opunham a estas ações violentas dos portugueses acabavam por facilitar sem
querer a escravização, já que índios catequizados e aglomerados em missões eram
muito mais fáceis de serem presos. Espertos, os lusitanos também
aproveitavam-se da da rivalidade entre as tribos, colocando uma contra a outra.
Uma das primeiras entradas data de 1531, organizada
por Martim Afonso de Sousa em
direção ao Peru. Ele partiu do litoral da Capitania de São Vicente,
mas não conseguiu finalizá-la já que o seu grupo foi exterminado pelos índios.
Em 1554 aconteceu a chamada “Entrada de Porto Seguro” realizada
pelo castelhano Francisco Bruzo de
Espinhosa que partiu da Capitania da Bahia. A sua expedição desceu
o litoral, cruzou o sertão da Bahia até alcançar o estado de Minas Gerais, onde
foi fundado Espinosa.
Seis anos depois, Brás Cubas partiu de Santos (SP),
seguiu pelo rio Paraíba chegando até a Serra da Mantiqueira, passando pelo vale
do rio são Francisco até a barra do rio Paranamirim, retornando até o inicio da
sua expedição pelo mesmo caminho.
Outras entradas conhecidas foram a de Martim de
Carvalho, Sebastião Fernandes Tourinho e de Antônio Dias. Porém, as atividades
por busca de ouro tornaram-se mais frequentes durante a União Ibérica. O
governador-geral D. Francisco de Sousa buscou no litoral da Capitania da Bahia
e do da Capitania do Espírito Santo, visando o título de Marquês das Minas,
título prometido pelo soberano espanhol para quem encontrasse ouro nas terras
brasileiras.
Em 1598, depois da descoberta de ouro na Capitania
de São Vicente, D. Francisco foi pessoalmente para as minas de Jaraguá,
Monserrate, Biriçoiaba e Bituruna, próximo a São Paulo. O ouro encontrado nas
minas não foi de números significativos, porém as buscas por mais próximos da
região aumentaram. O governador faleceu sem ter êxito em suas buscas por ouro.
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