quarta-feira, 27 de março de 2013

A Pré-História no Brasil




O atual território brasileiro foi povoado por homens entre 40 mil e 50 mil anos atrás. Os primeiros seres humanos que chegaram ao continente americano vieram da Ásia. Chegaram à América, provavelmente, após passarem pelo Estreito de Bering. Foram se espalhando pelo continente até chegararem ao sul e começarem a povoar o território brasileiro.

Vestígios deixados pelos homens pré-históricos brasileiros



Existem atualmente vários sítios arqueológicos pré-históricos sendo estudados no Brasil. Os mais importantes ficam no interior do Piauí, na região de São Raimundo Nonato. Pesquisas coordenadas pela arqueóloga Niède Guidon, resultaram na descoberta de ossos de animais pré-históricos, artefatos de cerâmica, fragmentos de fogueira, machados de pedra e, principalmente, milhares de pinturas rupestres.



Os sambaquis, também conhecidos como concheiros, são excelentes fontes para o estudo da vida pré-histórica brasileira no litoral brasileiro. Os sambaquis foram formados durantes milhares de anos, através do acúmulo de conchas e resíduos descartados pelos homens. Entre uma camada e outra de conchas, encontram-se artefatos, ossos e diversos tipos de objetos pré-históricos de diferentes grupos humanos que habitaram uma mesma região.

Outro importante sítio arqueológico brasileiro fica na Caverna da Pedra Pintada, localizada no município de Monte Alegre (margem do rio Amazonas). Pesquisas realizadas na década de 1990 revelaram a vida de grupos humanos pré-históricos que habitaram a região por volta de 11 mil anos atrás. No local foram encontrados vestígios de fogueiras, pedaços de objetos de cerâmica, pinturas rupestres e pontas de lanças de pedras.

Regiões habitadas

Os homens da Pré-história espalharam-se por diversas áreas do território brasileiro. As descobertas arqueológicas apontam para grupos humanos que viveram em regiões da Amazônia, Piauí, litoral (principalmente dos estados de SP, SC, RJ e ES), região de Lagoa Santa (interior de Minas Gerais).


"Foi no Brasil que surgiu um dos mais intrigantes achados da pré-história americana", conta Bueno. "Em 1974, no sítio da Lapa Vermelha - MG, a equipe da arqueóloga Annette Laming-Emperaire encontrou o crânio de uma mulher - mais tarde batizado de 'Luzia'."


Luiza


Não foi a data da morte, cerca de 11 mil anos, que impressionou os especialistas. A reconstrução facial de Luzia, feita da Universidade de Manchester, na Inglaterra, apresentou traços negroides.

A característica do crânio contradiz o fluxo migratório exclusivo de populações de origem mongol, teoria que estima três grandes migrações, defendida pelos estudiosos norte-americanos.

Segundo o autor de "Brasil: uma História", "graças a tal constatação, os arqueólogos passaram a trabalhar, a partir de 1996, com o chamado 'modelo das Quatro Migrações'."Bueno cumpre o que promete, e entrega mais. "De todo modo, o certo é que, quanto mais se iluminarem as trevas do passado, mais o Brasil conhecerá seu próprio futuro", escreve.

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