Egito Antigo
Como vimos, as
primeiras civilizações desenvolveram-se na região do Crescente Fértil. Dentre
estas civilizações, está o Egito.
O Egito é um país
que está localizado no nordeste da África.
O rio Nilo é tão importante para os
egípcios que o historiador Heródoto
afirmou se o “Egito, uma dádiva do
Nilo”.
As águas do Nilo
servem para a agricultura, uso doméstico, para os animais e como transporte. Em
suas margens cresciam ainda diversas plantas, entre as quais o papiro, própria
para fabricação de papel, cestos etc. O Nilo era tão fundamental para a
sobrevivência dos egípcios que, em sua homenagem, foram feitos muitos hinos e
orações.
A agricultura era a atividade econômica
principal dos egípcios. Cultivavam algodão, linho trigo, cevada, gergelim,
legumes, frutas e, principalmente, oliveiras, favas, lentilhas, grão-de-bico,
pepinos, uva. Criavam porcos e carneiros.
As sociedades egípcias e mesopotâmicas
foram conhecidas como sociedades hidráulicas.
A sociedade egípcia era formada por
nobres, sacerdotes e escribas (classe alta); soldados e artesãos (classe
média); camponeses – felás – e escravos (classe baixa).
O Egito
destacou-se pela organização de um forte Estado, vinculado aos recursos
hídricos, que comandou milhares de pessoas.
O Estado egípcio
era centralizado e comandado pela figura do Faraó. Este era considerado um “deus”, com autoridade absoluta –
concentrava em si os poderes político e espiritual – e objeto de culto.
A religião desempenhava um papel muito
importante na sociedade egípcia: todos os aspectos da vida das pessoas eram
regulados por normas religiosas. Os principais deuses eram Osíris, deus ligado
à morte; Osíris, o mais popular; Ísis, irmã-esposa de Osíris etc. Acreditavam
numa vida após a morte e no retorno do espírito ao corpo.
Conforme a
posição social do indivíduo e sua riqueza, o túmulo podia ser um buraco na
rocha, uma sequência de câmaras escavadas na montanha ou uma pirâmide, no caso
dos faraós.
Os historiadores
dividem a história do Egito antigo em 4 períodos, são eles:
O Período Arcaico
Iniciou-se por
volta do quarto milênio a.C.. A região egípcia era formada por vários
comunidades conhecidas como Nomos, que por sua vez uniram-se em reinos, um no
Norte e outro no Sul. Os dois reinos se fundiram em apenas um sob a liderança
do Faraó Menés.
Antigo Império (3200a.C - 2200 a.C)
Foi o período de
esplendor dos egípcios, grandes construções e realizações foram feitos nesta
época. O controle das enchentes das águas do rio Nilo foram alcançadas graças
aos intelectuais egípcios que não eram poucos. Estes intelectuais aprenderam na
pratica as soluções de problemas matemáticos, astronômicos e médicos. Foi no
Antigo Império que foram construídas as grandes Pirâmides do Egito.
Médio Império (2200 a.C - 1580 a.C)
O Império Egípcio
foi invadido por povos oriundos da Ásia, eram os "Hicsos". Nesta
apóca, a capital do Egito foi transferido para Tebas. Os Hicsos conseguiram
impor sua superioridade aos egípcios valendo-se de cavalos e carros de guerra.
Novo Império (1580 a.C - 1085 a.C)
Os egípcios
conseguiram expulsar os Hicsos, no entanto, o Império passou a ser invadido
constantemente por outros povos estrangeiros. Primeiramente foram os Assírios,
depois foi a vez dos Persas, os Gregos e os Romanos.
As pirâmides eram túmulos destinados ao
sepultamento de nobres e faraós.
Muito se discute
sobre a origem das pirâmides egípcias. Discursos marcados por misticismos
tentam até hoje achar respostas para a complexa engenharia na construção desses
locais sagrados no Egito Antigo. Algumas hipóteses não científicas apoiam a
possibilidade de ajuda sobrenatural que os egípcios poderiam ter recebido ao
longo de suas vidas. Todavia, as pirâmides foram implantadas com técnicas
bastante desenvolvidas há mais de 2500 anos e o uso da matemática facilitou o
cálculo na posição das pedras que se encaixaram umas sobre as outras.
A escrita egípcia era feita com sinais ou
caracteres pictóricos, conhecidos como hieróglifos, que representavam imagens
de pássaros, insetos, objetos, etc. Foi decifrada pelo francês Jean-François
Champollion em 1822. Para escrever era utilizado o papiro. Era subdividida em
três sistemas:
- hieroglífico –
considerado sagrado, utilizado pelos sacerdotes;
- hierático – era
mais simples, utilizado pelos escribas nos papiros;
- demótico – o
mais simplificado, de uso popular.
A arte egípcia estava voltada para a
glorificação dos deuses e dos faraós, utilizada, principalmente, nas pirâmides
e nos templos: escultura, que representava a figura humana com a cabeça e as
pernas de perfil, enquanto o tronco e os braços, de frente.
Recebemos
influência da cultura egípcia:
- no imaginário
religioso do Ocidente. O conhecido filme “A
múmia”, de 1999, de Stephen Sommers, por exemplo, mostra esse aspecto.
- na arquitetura: construções coloridas, bem
adornadas… O obelisco (que simboliza um raio do sol petrificado), por exemplo,
presente no Brasil (Ibirapuera) e em várias partes do mundo;
- na dança (do ventre, por exemplo), na
musica, no carnaval…;
- na Astronomia: nosso calendário é fruto de
um aperfeiçoamento do calendário egípcio;
- na medicina: o processo de mumificação e
embalsamamento de cadáveres, por exemplo…
- na Língua Portuguesa, algumas palavra como
alquimia, química, adobe, saco, papel, gazela e girafa, têm origens na língua
egípcia etc.
Fontes:
Brasil Escola.
In: http://www.brasilescola.com/historiag/egipcio.htm. Acesso em 25/03/2013.
Leia mais sobre
as pirâmides em:
http://www.brasilescola.com/historiag/a-historia-das-piramides-no-egito-antigo.htm.
Caderno do professor – História. Ensino Médio –
1ª série, Vol. 1. SEE-SP, 2009
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